Ao tecido usado para fazer de saia, chamam-lhe "corte".
As cores e as formas ajustam-se às regras de cada comunidade Maia. Cada bordado tem uma simbologia e transmite, por isso mesmo, uma mensagem. Por exemplo, a blusa que as mulheres indígenas vestem (chamado “huipil”) não é igual por todo o país; através do tecido, das cores e dos desenhos do huipil é possível determinar a região de onde a mulher que o veste é natural, as suas qualidades como tecedora e se está casada. Cada comunidade Maia tem o seu traje típico e existem “cerca de 300 huipiles, especialmente na região do Altiplano. Além disso, é interessante mencionar que existem desenhos de uso diário e de uso cerimonial, tanto para os homens como para as mulheres. [1] É possível ver na fotografia vários huipiles, com cores e desenhos diferentes.[2]
Para a sua confecção usam-se teares de pé e de cintura. O primeiro foi trazido ao continente americano durante a colonização Espanhola, enquanto que o segundo, também conhecido como “mecapal”, é de origem pré-hispânica e é o método de tecer mais tradicional, sendo exclusivamente usado pelas mulheres. A confecção de um tecido, sobretudo o huipil, pode levar três a oito meses.[3]
Exemplo de um tear de cintura ou mecapal.
Imagem pintada no Mural de Comalapa,
San Juan Comalapa, departamento de Chimaltenago.
Imagem pintada no Mural de Comalapa,
San Juan Comalapa, departamento de Chimaltenago.
Nos mercados locais é possível encontrar vários tecidos, com formas, desenhos e cores fortes, representativos da visão do mundo dos povos indígenas e característico de cada região do país. Alguns dos mercados mais populares, mas igualmente turísticos, encontram-se em Chichicastenango, em Panajachel (Lago Atitlán) e em Antigua. Na Guatemala e especificamente nos mercados, existe a “cultura de regatear” e o simples facto de colocá-la em prática significa que a priori se pode comprar algo a um preço mais baixo como, também, permite uma interacção com as pessoas locais.
Tecidos Indígenas
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[1] Tejidos de Guatemala, retirado de:
[2] Fotografia tirada num restaurante em Cobán, Alta Verapaz, que tem os huipiles pendurados na parede como decoração e para venda.
[3] Op. Cit.
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